Edilson Heleno Holtz, soldado de 31 anos, está nadando por etapas pela costa do litoral gaúcho, começou sua aventura em Torres e pretende terminar em Rio Grande.
O nadador conta que na infância até o início da vida adulta, se manteve longe do mar. Tinha medo, um trauma mantido por duas décadas após ter se afogado nas agitadas águas do Litoral Norte.
Na ocasião, acabou salvo por um tio. Anos mais tarde, em 2013, Bento resolveu enfrentar o temor, virou guarda-vidas e hoje atua no socorro aéreo na base de Capão da Canoa Neste ano, decidiu elevar o nível de desafio pessoal: iniciou uma travessia de 400 quilômetros por toda a costa gaúcha, do litoral norte ao sul do Estado.
Vestindo macacão de neoprene, arriscou braçadas, mas por poucos metros. Na cintura, mostrou uma boia e uma faca, usadas para eventuais emergências. Um reservatório com isotônico é a alimentação nas curtas paradas para descanso, sem sair do mar.
O atleta expõe na areia troféus conquistados no passado, mas mantém o foco na busca pela nova conquista. Tem também o objetivo de chamar atenção das pessoas para redes de pesca ilegais e o plástico jogado no mar , o que pode matar animais marinhos.
Correntes que mudam constantemente e a água gelada estão entre as maiores dificuldades da maratona, diz. Manter a mente concentrada, contudo, encabeça a lista.
— O psicológico, emocional, é bastante forte. Mantenho o foco em chegar ao fim. comenta Edilson falando para a Rádio Gaúcha em entrevista.